Hoje acordei poesia. Lágrimas ao acordar, sorrisos repentinos e incertezas sorrateiras. Hoje acordei poesia, por isso me fiz feliz no transitório.
Espaço de pensamentos soltos, gerados por uma mente barulhenta e alimentada por olhos espertos.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Autoria
Tudo o que ela não queria era ser mais uma. Pois foi aí que ele a colocou. Não satisfeita, ela o transformou em nada e saiu. Fim!
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Refugiados...
A idéia de refúgio me agrada.
Refúgio de escuta em meio ao barulho.
Refúgio de compreensão em meio ao julgamento.
Refúgio de apoio em meio a agonia.
Às vezes encontramos refúgio onde sequer procurávamos; em outras, caímos em fendas enormes e escuras onde buscávamos apenas aconchego.
A vida é território minado do inesperado. O que chega com força pode ir-se com igual intensidade. O que nos mantém em nós? Aquele refúgio acolhedor que nos ampara, sustenta e nos devolve ao nosso lugar: nós mesmos.
( Em gratidão à ilustre alma desconhecida que me reconheceu)
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Inspiração
Uma preguiiiiiça de me levantar...
Lembrei logo de você. Levantei!
Bom dia!!
Pra quem inspira...
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Sintetizando
Não se faz nada sob pressão.
Não se faz nada.
Não se faz.
Não.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Astrogildo, o sapo contemplativo.
Com o passar do tempo, as agressões foram aumentando em frequência e incrementando-se em crueldade, supostos amigos também já o toleravam menos. A notoriedade da singularidade de Astrogildo parecia um gargalo para quem se pensava igual...
Astrogildo não sabia o que fazer, onde andar, como viver. Se a altura ameaçava sua integridade física, o atoleiro o desesperava. Angustiou-se a ponto de quase enlouquecer, pois, apesar de gostar da contemplação, do silêncio, de certa solidão, era um sapo normal, com necessidades de convivência também.
Não sabia mais o que fazer. Vivia choramingando. Um dia, o inesperado aconteceu. Enquanto choramingava, afogando-se na sua dor que, ingenuamente, só ajudava a aumentar, ouviu um chamado:
- Sua dor é combustível pra mais dor. Procure se acalmar.
- Quem é você?
- Sou uma borboleta. Chamam-me "Borboleta Morpho Azul", nome longo e pomposo recebido às custas de anos de evolução da minha espécie. Sou uma das mais belas da minha espécie e isso não me custa pouco. Chamo atenção de todos e isso tem me rendido alguns problemas, mas aprendi a melhor forma de lidar com a maldade inerente à predação. Todos temos predadores, Astrogildo. Durante meus vôos ao entardecer tenho observado você e o que têm sofrido. Sua angústia é legítima, pois percebo que tens sido alvo de espécies que não são suas predadoras naturais. Caso complexo...
- Pois é, Dona Borboleta. Eu que sempre fui fascinado por enxergar mais longe, mais amplamente, não tenho mais conseguido nem me entender, quanto mais saber em quê os atinjo...
- É esse o problema. As alturas não são naturais pra todos, nem todos são aparelhados para suportar suas consequências, caro amigo. Minha espécie nasceu pra isso, a sua não. Sua inclinação é legítima, mas carece de aperfeiçoamento. Aprendi a confundir meus algozes, aprenda você também. Não é preciso deixar de desejar, basta preserva-se, busque confundí-los, camuflar-se. Seres dados à maldade não são muito inteligentes, são meros oportunistas, não lhes forneça oportunidade. Tenho que ir. Boa sorte!
Astrogildo nunca mais foi o mesmo depois desse encontro. Aprendeu que não se abandona o próprio Desejo, muito menos por meras vontades alheias. Se ele desceu do muro? Não. Ao contrário! Estudava agora meios de subir ainda mais alto. Mas aprendeu a se camuflar. Aprendeu que a arte da observação tem de estar a serviço da auto transformação. Logo saiu do alvo dos futriqueiros que - por suas visões curtinhas - sobrevivem, apenas sobrevivem, de pequenos saltinhos e de condenar a singularidade alheia.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Respirar é mais!
De outra forma, como explicar os dias em que passamos, ainda que sobressaltados, respiração presa e coração apertado?
Respirar é básico, mas não é suficiente.
Se assim fosse, como continha-se o aperto ao aspirar ares impuros e covardes, ausentes de compaixão?
Respirar é básico, mas não é pra todo mundo.
Para ser solidário, o ar precisaria ser melhor colocado, preciso, exato, entre a dor e o ato
esquivando-se do confuso.
Respirar é básico, mas não é independente, atrela-se sempre ao Desejo.
Desejo de ser contente.
sábado, 11 de janeiro de 2014
A criatura que virou hipopótamo...
Mas que triste destino possui essa alma que, apesar de possuir tanta força, opta por enfiar o próprio pescoço em uma forca?
Que pensamentos terá quando deita, quando a vida que tem não o deleita?
Que lampejos de vida ignora, se desperdiça em si mesmo cada aurora?
Nasceu para germinar algo novo, ou ainda enclausura-se em seu ovo?
Concebido para ser robusto, nunca passou de um arbusto
camuflando o que sequer existia.
Recebeu nome do pai, que garboso! Mas de si mesmo nunca reconheceu sequer o rosto.
Espelho? Sim, possuía! Mas por mais que se olhasse nada via.
Ensaiou várias vezes transgredir. Romper! Crescer! Produzir!
Mas tudo lhe era pesado, penoso, enfado, pois que alma botar ele ali??
Por fim, concluiu que ser Homem daria muito trabalho.
E sem garantias de ganhos, não estaria disposto.
Foi assim que um Ser concebido pra amar (?), escolheu, sem pestanejar,
se anular, engordar, ruminar e mofar.
Usar em voltagem oposta a energia que pra si estava proposta.
Seria, então, hipopótamo! Mergulhado em sua própria bosta!
Do sentir...
Preciso escrever quando não consigo falar. Preciso escrever quando o sentir me assombra. Mas quando o sentir me destrói, preciso me ouvir...
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Preciso escrever quando não consigo falar. Preciso escrever quando o sentir me assombra. Mas quando o sentir me destrói, preciso me ouvir...
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As redes sociais são barris de pólvora. A depender do estado de espírito de quem escreve, ou de quem lê, declara-se a terceira guerra mundia...
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Ela não ia. E não ia porque já não podia. Porque só sabia ir inteira, só conseguia ser com tudo. Pele, palavra e emoção E das vezes que f...